1 de abril de 2010

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Efeito Difusor

efeito difusor , spillover efectAparentemente houve agora um certo recuo parcial do governo quanto a esta matéria, talvez por estar em dúvida a sua legalidade por parte da Comissão Europeia. De facto, o desvio de fundos do Norte para a região de Lisboa através de um despudorado artifício técnico denominado “spill over efect” ou “efeito difusor” vem demonstrar o verdadeiro empenho da classe política em resolver as desigualdades e as assimetrias do país.

Quem viva ou trabalhe em Lisboa e conheça alguma coisa do resto do país sente realmente que Portugal funciona a 2 velocidades. Já antes se costumava dizer que “Lisboa é Portugal e o resto é paisagem” e hoje, após 24 anos de permanência na União Europeia, isto ainda é mais verdade. Lisboa absorve mais recursos do que aqueles com que contribui. E para isso acontecer, as outras regiões vão ficando (ainda) mais pobres. Isto é tão evidente que até parece propositado visando abrir caminho à regionalização.

No referendo da regionalização votei contra porque entendi que esta serviria apenas para fomentar ainda mais o caciquismo e a satisfação das clientelas partidárias. Apesar de ser esse o preço a pagar, hoje provavelmente votaria a favor desde que a contrapartida fosse a extinção imediata dos Governos Civis, das CCDR e de algumas Direcções Regionais cuja utilidade se desconhece.

Se queremos um país coeso devemos ser solidários com todas as regiões que dele fazem parte e não apenas com aquela onde vivemos.

4 comentários:

  1. Não é por mero acaso que Portugal é o segundo pais mais "centralizado" da europa, a seguir a franca. Quase toda a ecónomia e poder, na franca, encontra-se centralizada em Paris, sendo que o mesmo acontece em Lisboa. O que leva a que o Norte esteja cada vez mais pobre.

    (Fonte jn)

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  2. Estimado autor o meu conhecimento acerca do assunto da Regionalizacão é preaticamente nulo. Gostava que abrisse um novo tópico no qual explicasse o que é a regionalizacão, suas vantagens e consequëncias. Desde já muito obrigado.

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  3. o centralismo de Lisboa é o cancro deste pais. falam muito nas exportaçoes mas esquecem que sao as empresas do norte que exportam que fazem com que isto nao esteja ainda pior. se o norte fosse como as ilhas em que todos os impostos lá cobrados ficam lá entao o norte nao tinha defice e e nao se afundava com o resto dopais

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  4. É muito bonito falar em solidariedade entre regiões como se isso alguma vez tenha existido. Não é por acaso que se fala muito em macrocefalia lisboeta. Mas o pior é o estatuto autonómico dos Açores e da Madeira. Estas regiões não contribuem em nada para o resto de Portugal, isto é, ficam com todas as receitas lá geradas e ainda recebem dinheiro dos "cubanos". Não são solidárias com o resto do país e isto é um caso único no mundo da autonomia regional. Este estatuto para esses "parasitas" ainda é melhor do que se fossem independentes. Porque se o fossem teriam de se governar com as suas próprias receitas. Como se não bastasse lá não se pagam portagens e os ilhéus têm menos carga fiscal. Até o preço da electricidade lá é subsidiado aqui pelos "Cubanos". Para melhor entender isto é o mesmo que alguém dizer aos seus pais que quer viver fora de casa, tomar as suas próprias decisões mas os pais que continuem a pagar as contas!!! Não se pode ter autonomia para umas coisas e para outras estar tão convenientemente dependente. A Madeira e os Açores com cerca de 250.000 habitantes cada, são as regiões do País que mais recursos absorvem per capita. Isto é totalmente insustentável, inaceitável e imoral. Por mim podem ser ambas independentes e haja a coragem para referendar esta matéria.

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