12 de abril de 2010

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Conselhos Parentais

Quem é pai deseja sempre o melhor para os seus filhos. O melhor significa serem bem sucedidos e sobretudo felizes. Claro que ser bem sucedido num país pautado pela mediocridade significa alinhar por este diapasão tentando não mostrar muita honestidade e mérito, sob pena de se ser considerado uma “ave rara” e consequentemente votado ao ostracismo. Essa mediocridade tem actualmente na classe política o seu expoente máximo confirmando a teoria de que são os maus agentes da política que afastam os bons.

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Face a esta dura realidade, já decidi como irei aconselhar os meus filhos. Por volta dos 13/14 anos irei inscrever os meus “boys” nas “jotas”, provavelmente um será “rosinha” e o outro “laranjinha”. Assim garanto que pelo menos um deles terá sempre “tacho”. Vou dizer-lhes para nunca saírem muito da “sombra” para assim evitarem eventuais “danos colaterais”. Vou insistir para alinharem sempre junto daqueles que controlam o “aparelho”. Também deverão junto de uma “grande loja” procurar obter o já conhecido “avental” especial. Este tem a particularidade de conferir protecção e ajuda a quem o usa. Sei que assim, sempre que necessitarem, haverá sempre alguém em sectores-chave com influência e poder que virá em seu socorro, aliás como eles fazem entre si como bons “irmãos” que são. Quando chegar a altura de irem para a Universidade a escolha óbvia recairá numa privada que não dê muito trabalho e cuja maioria dos professores seja constituída por “camaradas” ou “companheiros” consoante o caso. Estou certo que por volta dos 20 e poucos anos, seguindo estes conselhos, já poderão ser assessores ou vereadores de alguma autarquia, embora a prioridade vá sempre para os filhos ou “afilhados” de quem nomeia. Mesmo assim, acredito que quando terminarem o curso num qualquer Domingo, certamente já saberão bater palmas e dizer “Muito Bem!” para poderem ser deputados da Nação. Se tal não acontecer, pelo menos por volta dos 30 anos, ainda que com pouco currículo e pouca experiência de vida, já estarão nos corredores governamentais, ou ainda melhor, na administração de uma qualquer empresa onde o Estado tenha uma “golden-share”. Já lhes disse que nesse caso ao ganharem 2 milhões de euros por ano, não se poderão esquecer aqui do “velhote”, afinal de contas o “obreiro” responsável pelo seu meteórico sucesso.

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