Exceptuando alguns grupos económicos fortes e algumas multinacionais a maior parte das empresas nacionais são PME. Muitas destas parecem “assustar-se” com pessoas qualificadas. Talvez por os empreendedores em Portugal serem na sua maioria portadores de baixas qualificações. Infelizmente, está enraizada na nossa sociedade a ideia que os cursos superiores visam apenas obter melhores empregos. Numa vertente igualmente válida mas esquecida, é o de poderem proporcionar as ferramentas essenciais para se ser melhor empreendedor e assim se criarem empresas mais competitivas.
Quem aposte em MBA´s ou pós-graduações, mesmo que obtidos nas melhores universidades, tem dificuldade em ver valorizadas na maioria das PME as suas novas competências. Refira-se que existem empresários em Portugal que nem sequer sabem em que é que consiste um MBA. Ainda assentam a sua vantagem competitiva nas baixas qualificações como forma de pressão para o pagamento de salários baixos. Como diz o ditado inglês: “If you pay peanuts, you´ll get monkeys.” Não adoptam uma cultura de promoção do mérito, estando as chefias intermédias também ocupadas por pessoas de baixas qualificações. Aqui verifica-se bem o princípio de Peter. Estes são sempre os primeiros a vetar a admissão de pessoal qualificado para não colocarem o seu lugar em risco.
Sendo Portugal um país de “cunhas” onde prolifera a incompetência e mediocridade, será sempre difícil o país progredir e ser competitivo no mundo. Os profissionais qualificados e talentosos que realmente poderiam contribuir no seu conjunto para o progresso das empresas estão, injustamente, arredados de o poderem fazer. Entre estes, encontram-se licenciados de grande valor e experiência, mas porque já têm pouco mais de 40 anos de idade são rejeitados. É um desperdício de experiência e de conhecimentos entretanto adquiridos. São “velhos”, não têm “padrinhos” e como se não bastasse observam jovens licenciados a aceitarem salários cada vez mais baixos. Estes fazem-no porque têm poucas despesas visto que tardam em sair de casa dos pais. É a chamada geração 600 €. Um licenciado que aceita um salário de 600 € para o exercício de uma função de acordo com as suas qualificações está na prática a fazer “dumping” laboral e, consequentemente, a prejudicar o seu futuro.
A meritocracia não existe em Portugal. Quem privilegia o trabalho com autonomia, gosta do rigor e da exigência, questiona decisões, convive mal com as injustiças e não suporta a burocracia, é imediatamente saneado. Felizmente o resto da Europa, que é competitiva, não pensa assim e sabe aproveitar essas qualidades. Por isso são cada vez mais os licenciados que emigram.
E Portugal lá vai ficando mais pobre e…mesquinho.
Quem aposte em MBA´s ou pós-graduações, mesmo que obtidos nas melhores universidades, tem dificuldade em ver valorizadas na maioria das PME as suas novas competências. Refira-se que existem empresários em Portugal que nem sequer sabem em que é que consiste um MBA. Ainda assentam a sua vantagem competitiva nas baixas qualificações como forma de pressão para o pagamento de salários baixos. Como diz o ditado inglês: “If you pay peanuts, you´ll get monkeys.” Não adoptam uma cultura de promoção do mérito, estando as chefias intermédias também ocupadas por pessoas de baixas qualificações. Aqui verifica-se bem o princípio de Peter. Estes são sempre os primeiros a vetar a admissão de pessoal qualificado para não colocarem o seu lugar em risco.
Sendo Portugal um país de “cunhas” onde prolifera a incompetência e mediocridade, será sempre difícil o país progredir e ser competitivo no mundo. Os profissionais qualificados e talentosos que realmente poderiam contribuir no seu conjunto para o progresso das empresas estão, injustamente, arredados de o poderem fazer. Entre estes, encontram-se licenciados de grande valor e experiência, mas porque já têm pouco mais de 40 anos de idade são rejeitados. É um desperdício de experiência e de conhecimentos entretanto adquiridos. São “velhos”, não têm “padrinhos” e como se não bastasse observam jovens licenciados a aceitarem salários cada vez mais baixos. Estes fazem-no porque têm poucas despesas visto que tardam em sair de casa dos pais. É a chamada geração 600 €. Um licenciado que aceita um salário de 600 € para o exercício de uma função de acordo com as suas qualificações está na prática a fazer “dumping” laboral e, consequentemente, a prejudicar o seu futuro.
A meritocracia não existe em Portugal. Quem privilegia o trabalho com autonomia, gosta do rigor e da exigência, questiona decisões, convive mal com as injustiças e não suporta a burocracia, é imediatamente saneado. Felizmente o resto da Europa, que é competitiva, não pensa assim e sabe aproveitar essas qualidades. Por isso são cada vez mais os licenciados que emigram.
E Portugal lá vai ficando mais pobre e…mesquinho.
Devido a tudo isso que foi referido pelo autor, eu sou um dos licenciados que emigrou para outro pais da europa e profissionalmente estou profundamente satisfeito. Mas como nada na vida é perfeito só me resta sonhar(pois sei que isso nunca irá acontecer) para que Portugal chegue á mesma situacão da europa, pois apesar de tudo Portugal está sempre no meu coracão.
ResponderEliminarO que está de errado neste artigo é a inevitabilidade de algumas das premissas e a falta de esperança que daí decorre. Falta dizer, por exemplo, que o nosso sistema de ensino, em particular o ensino superior, deveria preparar os alunos para serem empreendedores, nomeadamente empresários. A cultura é de emprego e não de empreendedorismo, como bem refere, mas a cultura muda-se, e uma reestruturação dos cursos é um primeiro passo. Por outro lado, se as PME são a grande maioria e não acolhem jovens com qualificações, é porque a maior parte está em sectores que talvez já não interessem à economia. As PME de sucesso são justamente as que acolhem pessoas qualificadas e, em vários casos, são startups saídas de projectos gizados ainda na faculdade. São estes exemplos que queremos repetidos, não as PME que não acolhem pessoas qualificadas porque estão em segmentos que concorrem com preços e salários baixos, sem inovação. Essas podem e devem ir à falência, para dar lugar a empresas mais capazes e viáveis. A esperança deste país reside justamente na reestruturação da economia que será possível com gerações mais novas, cada vez com maior qualificação. De uma forma mais rápida ou mais lenta (cenário actual, com governos incapazes de reformas de fundo), a renovação dos sectores económicos e a elevação da cadeia de valor permitirá aumentos de produtividade e dos salários. Nessa altura, os jovens deixarão de emigrar.
ResponderEliminarNuno:
EliminarJá alguma vez estiveste á frente de uma empresa?
Sabes o que é preciso para isso?
Tens ideia do número e valores envolvidos nos impostos referentes a esse desempenho?
É fácil falar do que se desconhece.
O nosso país está como está porque os trabalhadores são muito mal pagos, e os gestores muitas vezes incompetentes são extremamente bem pagos, nisto é uma das razões a outra é classe política que só vive da roubalheira a quem trabalha. Isto não tem solução há vista, a não ser que decidam finalmente pegar em armas e começar a matar esta classe política, eis a solução ideal até para crise, só que eles ganham dava para pagar as dívidas todas do país.
ResponderEliminarA propósito de dumping laboral, profissionais licenciados que aceitam trabalhar nas suas profissões por 4€/hora (como é agora este caso dos Enfermeiros) estão na prática a prostituir-se e os proxenetas são essas empresas intermediárias que actuam no setor. Se tiverem alguma dignidade dirão NÃO nem que para isso tenham de emigrar.
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