A criação do Rendimento Mínimo Garantido modificou o modelo de desenvolvimento social e económico do país. Embora o conceito da sua criação fosse e continue a ser nobre nos seus princípios, a sua aplicabilidade prática fez com que ficasse completamente desvirtuado. A atribuição sem grande rigor e exigência de contrapartidas bem como a ausência de fiscalização selectiva tem resultado em mais de 15% de fraudes. Porém, estima-se que esse valor esteja muito aquém da realidade. Existindo desde 1996 há quem o esteja a usufruir desde essa altura como se de uma pensão de reforma se tratasse! Agora designa-se por Rendimento Social de Inserção, mas pergunta-se: onde estão os resultados dessa “inserção”?
O país continua a ter 2 milhões de pobres e a criminalidade não tem parado de aumentar.
Os que descontam bem como os que o fizeram durante mais de 40 anos tem todos os motivos para se sentirem indignados. Muitos reformados têm ainda de continuar a trabalhar porque o Estado, em vez de os apoiar devidamente, decidiu atribuir um subsídio a quem pode e deve trabalhar, mas não o quer fazer. Permitam-me uma correcção: muitos até trabalham, mas na “economia paralela”, vulgo “biscatada”. Nessas actividades incluem-se também prostitutas, proxenetas, artistas de rua, arrumadores de carros,… O RSI pode ser atribuído a quem tenha património e/ou rendimentos de capital e até (pasme-se!) a indivíduos com registo criminal.
Perante tudo isto, aqueles que trabalhavam com salários relativamente baixos fizeram contas e constataram que era muito mais vantajoso demitirem-se dos seus empregos e passarem também a usufruir do RSI. Este em conjunto com os tais “biscates” permite-lhes ganharem ainda mais, com a vantagem de isenções de taxas moderadoras, rendas de casa pagas, pagamento dos livros escolares, creches gratuitas, abonos de família majorados, acesso aos bancos alimentares e outras benesses decorrentes da “inexistência” de rendimentos. A consequência disto foi que muitas empresas ficaram com dificuldades em encontrar pessoal para as tarefas menos especializadas, não sendo por isso coincidência o aumento exponencial da imigração verificado em Portugal a partir de 1996.
Quando se dá o “peixe” em vez da “cana de pesca” o resultado é este. Privilegia-se o laxismo em detrimento do empreendedorismo. Enfim...
O país continua a ter 2 milhões de pobres e a criminalidade não tem parado de aumentar.
Os que descontam bem como os que o fizeram durante mais de 40 anos tem todos os motivos para se sentirem indignados. Muitos reformados têm ainda de continuar a trabalhar porque o Estado, em vez de os apoiar devidamente, decidiu atribuir um subsídio a quem pode e deve trabalhar, mas não o quer fazer. Permitam-me uma correcção: muitos até trabalham, mas na “economia paralela”, vulgo “biscatada”. Nessas actividades incluem-se também prostitutas, proxenetas, artistas de rua, arrumadores de carros,… O RSI pode ser atribuído a quem tenha património e/ou rendimentos de capital e até (pasme-se!) a indivíduos com registo criminal.
Perante tudo isto, aqueles que trabalhavam com salários relativamente baixos fizeram contas e constataram que era muito mais vantajoso demitirem-se dos seus empregos e passarem também a usufruir do RSI. Este em conjunto com os tais “biscates” permite-lhes ganharem ainda mais, com a vantagem de isenções de taxas moderadoras, rendas de casa pagas, pagamento dos livros escolares, creches gratuitas, abonos de família majorados, acesso aos bancos alimentares e outras benesses decorrentes da “inexistência” de rendimentos. A consequência disto foi que muitas empresas ficaram com dificuldades em encontrar pessoal para as tarefas menos especializadas, não sendo por isso coincidência o aumento exponencial da imigração verificado em Portugal a partir de 1996.
Quando se dá o “peixe” em vez da “cana de pesca” o resultado é este. Privilegia-se o laxismo em detrimento do empreendedorismo. Enfim...
É verdade... isto tudo foi um incentivo à preguiça nacional...e os camelos que não sabem fazer outra coisa senão trabalharem pagam para isto tudo...e mais grave para os que andam a inventar estas leis e que coitados têm tanto trabalho que ao fim de meia dúzia de anos são reformados com principescas reformas...
ResponderEliminarOnde é que eu assino?
ResponderEliminarClaro! Foram as pessoas do RSI, prostititas, proxenetas e quejandos, que levaram o país ao estado a que chegou.Isto não é análise de coisa nenhuma, é ideologia de motorista de táxi com pretensões de inteligência.
ResponderEliminarEu desconto há 25 anos, a juntar a 2 anoos de serviço militar obrigatório, e 2 anos de trabalho mo inico onde ilegalmente o patrão não me fez descontos, não sinto nenhuma indignação por ver o estado dar 200 ou 300 euros a quem não tem rendimentos, Sinto é uma revolta por ver que pessoas que trabalham 8 horas diária e ás vezes mais e no final de um mês de trabalho apenas levarem para casa 485 euros, Aqui é que está o erro, o ordenado mínimo é uma vergonha é na realidade apenas para manter o trabalhador com forças para executar a função para que foi contratado, não dá para mais, por isso alguns desistirem e preferirem viver da cariedade. Mas pior do que isso é ver pessoas a defender que o que está mal é dar-se um RSI. que faz mexer a economia que evita que paguemos mil euros por cada preso mensalmente
ResponderEliminarParabéns aos dois últimos intervenientes. Subescrevo totalmente o que referiram. Sou contra a diabolização do RSI como se fosse o pecado original, quando ainda por cima no espaço de apenas 1 ano houve uma diminuição de 100 mil beneficiários. Depois é claro que as pessoas sabem fazer contas e como diz o Daniel Teixeira o salário mínimo com o seu valor irrisório leva a que as pessoas procurem as estratégias possíveis e imaginárias para melhorarem a sua vida. Se aumentassem o SMN, de certeza que muitos destes problemas acabariam, pois como já se disse, as pessoas sabem fazer contas... Queixa-se da economia paralela e dos beneficiários do RSI que se aproveitam dela. Mas neste país haverá alguém que não se aproveite? Toda a gente declara o que ganha? Quando se arrenda um quarto, uma casa, como é? Quando compramos alguma coisa, pedimos sempre a factura? Depois, se há falhas nesta matéria, há que culpabibilizar o fisco, nomeadamente, a nível do IRS que é a maior das farsas nacionais e a mãe destes males. Quantas grandes fortunas ludibriam as declarações fiscais? E depois os maus da fita são os pobres do RSI? Sim pobres, pois no final de contas é o que são. Não há ninguém que não seja pobre que esteja no RSI. E isso é que importa. Pobres que a enganar, enganam uns trocados, e não milhões como os outros. Depois como o autor também referiu, haverá 15% de fraudes. E é isso que é relevado? Então e os "restantes" 85%? Mais uma vez a maldicência, a conversa de café, típica dos portugueses, que se fartam de falar do que não sabem e vão atrás do sensacionalismo da comunicação social e do populismo de certos políticos (como o actual ministro dos negócios estrangeiros).
ResponderEliminarE já agora, caro autor do texto: diga lá se sabe quanto é que em média recebe cada beneficiário do RSI? Veja lá se sabe. Quando souber, faça-me um favor e ensine-me a viver com esse montante.
Duarte, o senhor acaba de escrever o que muitos gostariam de ter escrito.
ResponderEliminarEu, inclusivamente.Subscrevo.
Dá gosto ler algumas opiniões, como estas últimas neste fórum... fico com esperança de que neste país ainda há gente inteligente, que pensam por si, e que não vão atrás de generalizações nem lugares comuns... ainda no outro dia falava com um amigo que me assegurou que os IPads eram comprados pelos pobres e pelos ricos...
ResponderEliminarA ignorância nacional cega-nos e impede-nos de apontar o dedo a quem de facto causou este enorme caos, e achamos que o pintor que nos pintou a casa e recebe tb 200 euros de RSI é o que é o verdadeiro e grande culpado culpado! Os pobres são, na mente de muitos, aldrabões e preguiçosos, gente esperta que se movimenta nas artes de sacar o mais possível, que vivem todos em grandes casas com grandes carros por detrás de uma pobreza de fachada!!! (ridículo)
... e esquecemos da enorme fuga ao fisco que se vê em Portugal onde apenas 20-25% das empresas paga efectivamente alguma coisa ao fisco... e esquecemos das aldrabices de muitos que declaram ordenados mínimos ganhando muito mais, mas que não têm vergonha de se pendurar num estado social que não pagam com dois ou três filhos à borla num liceu... e esquecemos da economia paralela que origina fugas ao IVA anuais equipareadas com 25-30% do PIB (em 3 anos, cobrando o que se deve, ficávamos sem dívida)... e esquecemos que 90% das nosssas maiores empresas cotadas em bolsa não pagam um tostão em IRC porque deslocalizaram as sedes para paízes como Holanda, Luxemburgo, etc etc (mais os processos como a jerónimo martins tem em tribunal de transferências entre as empresas da holding por forma a fugir ao fisco)... e esquecemos da enorme massa de empresários que considera o acto de pagar impostos devidos ao estado como deitar dinheiro fora, e fogem assim o mais que podem, criando-se em Portugal um efeito pernicioso e corrosivo da vida social que é o considerarmos o estado como "eles", uma entidade abstrata que nos tira dinheiro...
o mal do país é o mal de cada um dos portugueses... por definição não temos uma ética e um comportamento social como um indivíduo do Luxemburgo ou da Suécia, para quem fugir com um tostão aos impostos é mais que um crime, uma vergonha...
Jorge, Lisboa
Estejam mas é calados seus vigaristas!!!! Só ouço coitados de nós, coitados de nós, coitados de nós!!!!!!
ResponderEliminarSe realmente isto está mal: TRABALHEM!
Sei de muita "boa gente", como vocês, que trabalha por fora e que aos olhos do estado está desempregado. Recebe por dois lados: pelo subsídio de desemprego e pelos biscates que faz por fora.
Os pobres engravidam, para terem apoios sociais cada vez mais altos, gente que tem rendimentos mínimos, tem a cozinha com equipamentos de alta tecnologia (HIGH TECH) e já para não falar do povinho que gosta de andar com mais do que PODE e DEVE!!
Não me venham falar de prostitutas e artistas de rua... O problema minha gente, é que tem de haver uma revolução! Mas não é uma revolução como estes coitados têm vindo a fazer, de manifestações de jovens que apelam à empregabilidade e aos direitos. Quando acabei o curso há cerca de dois anos, responderam 4 pessoas a uma entrevista de trabalho e como este exemplo, sei de dezenas deles. As pessoas falam que não há emprego, mas não se sujeitam a qualquer coisa, porque não fica bem. Então há que ficar mais uns anos em casa dos pais, quem sabe fazer outro curso, um mestrado e uma pós-graduação. O problema não está na falta de trabalho que existe, o PROBLEMA ESTÁ NO FACTO DE SERMOS 10 MILHÕES DE HABITANTES!!!!!!!!
Não temos sustentabilidade para tanta gente, não há trabalho para tanta gente, não há estruturas para tanta gente! Andar ainda a pagar a preguiçosos (não digo todos), que descobriram o bem bom de suas casas e não se sujeitam a trabalhar em qualquer lado para pagar as suas contas, porque têm as "costas quentes" do subsídio de desemprego? POUPEM-ME!
Nem vale comparar Portugal a uma utopia que acontece na Suécia, porque isso são questões de mentalidades há muito conseguidas por eles e à qual Portugal não se insere, nem irá inserir.
E aí reside a grande diferença! Por isso é que Portugal não precisa de revoluções de rua, precisa de uma revolução de mentalidade e isso meus senhores, nunca ou num futuro muito longínquo, algo de semelhante pode vir a acontecer.
Para vós, o problema está sempre nos políticos, na economia etc etc etc e já me enjoa (peço desculpa a expressão), tanta crítica! O problema sempre esteve em nós, uma cambada de preguiçosos que aguardam o regresso de uma força maior, para acabar com os nossos problemas! Guess what?!!! Essa força existe, mas não é D. SEBASTIÃO! Somos nós "Povo" que há muito se esqueceu de suas obrigações!
Decidam-se, porque aqui anda tudo trocado.
Mesmo assim comparado que as asneiras e assaltos dos políticos não é nada.
ResponderEliminarO seu texto diz que há cerca de 15% de fraudes no RSI. Pois eu já ouvi 25%. Mesmo que seja assim isso quer dizer que 75% dos casos são legais. Mas isso não significa que não sejam imorais. Atenção que eu sou a favor do RSI. Sou é contra alguns dos critérios de atribuição. Não concordo que quem tenha 99.000 € no Banco ou outros ativos como carros, casas, etc. possa usufruir dele. Para o Estado ser pobre é não ter rendimentos, sobretudo do trabalho. Está errado porque há quem tenha rendimentos e não os declare. A economia paralela já representa cerca de 25% do PIB. Também não me parece correcto que criminosos cadastrados, muitos deles até reincidentes, possam ter RSI. Numa Sociedade há Direitos mas também há Deveres. Ora quem não cumpre com as suas obrigações perante esta não deve ter todos os seus benefícios incluindo até o direito de votar.
ResponderEliminarPara mim o RSI devia até ter prestações maiores mas só atribuídas a quem é efetivamente pobre e de forma temporária e acompanhada. Se a ideia é a (re)inserção dos beneficiários então aí devia haver um plano para esse efeito. As pessoas devem ser ajudadas (as que realmente assim o quiserem) seja na formação ou até na criação do seu próprio negócio, por exemplo, com linhas de microcrédito bonificadas, entre outros. Mas não basta o plano. Há que garantir a sua execução através de um acompanhamento rigoroso. Só que estas medidas garantem menos votos e o objetivo nunca foi esse. Para mim a verdadeira razão por detrás do RSI foi, é e será sempre um pretexto para angariar votos. Daí ele ser demasiado abrangente. Demagogia oblige! Por isso é que nunca nenhum partido ousou mexer nesta matéria. Isso só acontecerá quando entrarmos em bancarrota (já falta pouco) ou se a Troika entretanto obrigar.
So espero que quem escreveu este comentario nunca venha a precisar do rsi para comer.
ResponderEliminarQualidade de vida é receber 800 € mensais (ou mais) para não fazer
ResponderEliminarnada.
Qualidade de vida é levantar á hora que se quer porque os outros
trabalham para ele.
Qualidade de vida, é ter como única preocupação escolher a
pastelaria onde vai tomar o pequeno-almoço e fumar as suas
cigarradas, pagos com os impostos dos outros.
Qualidade de vida é ter uma casa paga pelos impostos dos outros,
cuja manutenção é paga pelos impostos dos outros, é não ter
preocupações com o condomínio, com o IMI, com SPREAD´S, com
taxas de juro, com declaração de IRS.
Qualidade de vida é ter tempo para levar os filhos á escola, é ter
tempo para ir buscar os filhos á escola, é poder (não significa
querer) ter todo o tempo do mundo para acarinhar, apoiar, educar e
estar na companhia dos seus filhos.
Qualidade de vida é não correr o risco de chegar a casa irritado,
porque o dia de trabalho não correu muito bem e por isso não ter a
paciência necessária para apoiar os filhos nos trabalhos da escola.
Qualidade de vida é não ter que pagar 250€ de mensalidade de
infantário, porque mais uma vez é pago pelos impostos dos outros.
Qualidade de vida, é ainda receber gratuitamente e pago com os
impostos dos que trabalham o computador Magalhães que de
seguida vai vender na feira de Custóias, é receber gratuitamente
todo o material didáctico necessário para o ano escolar dos seus
filhos, e ainda achar que é pouco.
Qualidade de vida é ter as ditas instituições de solidariedade social,
que se preocupam em angariar alimentos doados pelos que pagam
impostos, para lhos levar a casa, porque, qualidade de vida é
também nem se quer se dar ao trabalho de os ir buscar.
Qualidade de vida é não ter preocupação nenhuma excepto, saber o
dia em que chega o carteiro com o cheque do rendimento mínimo.
Qualidade de vida é poder sentar no sofá sempre que lhe apetece e
dizer “ TRABALHAI OTÁRIOS QUE EU PRECISO DE SER SUSTENTADO”.
Qualidade de vida é não ter despesas quase nenhumas, e por isso
ter mais dinheiro disponível durante o mês, do que os tais OTÀRIOS
que trabalham para ele.
Qualidade de vida é ainda ter tempo disponível para GAMAR uns
auto-rádios, GAMAR uns carritos e ALIVIAR umas residências desses
OTÀRIOS que estão ocupados a trabalhar OU ASSALTAR uma
ourivesaria.
Qualidade de vida é ter tudo isto, e ainda ter uma CAMBADA DE
HIPÓCRITAS a defende-lo todos os dias nos tribunais, na televisão,
nos jornais.
Isto sim, isto é qualidade de vida.
Ass: UM OTÁRIO