Se em Portugal se conseguisse reduzir para metade o actual valor da “economia paralela”, o país provavelmente não teria défice. Isto deve-nos fazer reflectir sobretudo quando já se vive sobrecarregado de impostos. Esta economia informal que se estima em mais de 20% do PIB ao não ser tributada faz com que sejam sempre os “justos” do costume a pagar por todos esses “pecadores”. O Estado tem o dever de pôr cobro a uma situação imoral e injusta.
Toda a gente tem uma ideia dos sectores de actividade onde assenta a maior parte da “economia paralela”. São aqueles onde nunca nos dão o recibo a não ser que o exijamos e aí muitas vezes é a contragosto, são os que nos dizem que se quisermos o recibo vamos ter de pagar também o IVA, são os pseudo-particulares que vendem automóveis na via pública, são os que não comunicam os preços nos produtos expostos e por vezes até “contornam” a lei através das famosas placas “montra em execução”, entre muitos outros exemplos.
Uma forma de minimizar tudo isto seria a obrigatoriedade de emitir sempre o recibo em qualquer transacção mesmo quando não solicitado pelo cliente. Uma forma de fiscalizar o cumprimento desse e de outros procedimentos seria o de recorrer, à semelhança do que fazem muitas empresas, à figura do cliente-mistério. Nada mais simples e eficaz. Os próprios fiscais da ASAE, das Finanças e das demais entidades fiscalizadoras ao fazerem-se passar por clientes certamente detectariam irregularidades nesses e noutros sectores. Em simultâneo estariam a passar uma mensagem contra a impunidade e muitos dos actuais incumpridores deixariam de o ser, perante a dúvida de um “cliente” estar ou não numa acção de fiscalização.
Uma das grandes injustiças da “economia paralela” é que os envolvidos nesta ainda beneficiam dos diversos apoios sociais que o Estado lhes concede por não apresentarem “rendimentos”, sobrecarregando assim ainda mais a despesa pública e desviando recursos de quem mais deles necessita.
Toda a gente tem uma ideia dos sectores de actividade onde assenta a maior parte da “economia paralela”. São aqueles onde nunca nos dão o recibo a não ser que o exijamos e aí muitas vezes é a contragosto, são os que nos dizem que se quisermos o recibo vamos ter de pagar também o IVA, são os pseudo-particulares que vendem automóveis na via pública, são os que não comunicam os preços nos produtos expostos e por vezes até “contornam” a lei através das famosas placas “montra em execução”, entre muitos outros exemplos.
Uma forma de minimizar tudo isto seria a obrigatoriedade de emitir sempre o recibo em qualquer transacção mesmo quando não solicitado pelo cliente. Uma forma de fiscalizar o cumprimento desse e de outros procedimentos seria o de recorrer, à semelhança do que fazem muitas empresas, à figura do cliente-mistério. Nada mais simples e eficaz. Os próprios fiscais da ASAE, das Finanças e das demais entidades fiscalizadoras ao fazerem-se passar por clientes certamente detectariam irregularidades nesses e noutros sectores. Em simultâneo estariam a passar uma mensagem contra a impunidade e muitos dos actuais incumpridores deixariam de o ser, perante a dúvida de um “cliente” estar ou não numa acção de fiscalização.
Uma das grandes injustiças da “economia paralela” é que os envolvidos nesta ainda beneficiam dos diversos apoios sociais que o Estado lhes concede por não apresentarem “rendimentos”, sobrecarregando assim ainda mais a despesa pública e desviando recursos de quem mais deles necessita.
Adenda em 30 de Abril
de 2014
Desde
1970, o peso da economia paralela em Portugal em função do PIB passou de 9,3% para 26,74% em 2012. A média
dos países da OCDE, em 2010, era de 16,5%. Isto significa qualquer coisa como 43 mil milhões de € que escapam a qualquer
tributação. Se considerarmos que a receita do Estado representa cerca de 35% do
PIB, estamos a falar de aproximadamente 15 mil milhões de
€ que não entram nos cofres públicos. É importante que se tenha noção disto. Uma
vez que é praticamente impossível erradicar a economia paralela, bastaria apenas
reduzi-la para metade do seu valor actual para que Portugal não tivesse défice nas
suas contas públicas! E com isso, não seria necessária a austeridade que pesa
sobre as pessoas e que dificulta o crescimento económico. Em qualquer país do
Norte da Europa, a evasão fiscal é censurada socialmente. Aqui, pelo contrário,
até aparenta ser enaltecida e alvo de admiração. O Estado, seja qual for o
Governo, tem o dever de a combater, quanto mais não seja por uma
questão de justiça social. Mas só o conseguirá com a ajuda dos seus cidadãos.
Não podemos exigir do Estado sem antes o fazermos a nós próprios. A cidadania pressupõe
direitos e obrigações. Se não cumprimos com estas, então não temos o direito de
nos andarmos constantemente a lamuriar perante o actual estado de coisas, sob
pena de mais parecermos um país de… “Calimeros”!
Isto da economia paralela não é de agora. Todos os países a têm. Têm menos mas têm. A suiça tem para ai 10%. Os setores que mais fogem são sempre os mesmos: cabeleireiras, barbeiros, oficinas de automoveis, construção civil, mercearias, reparações em casa, taxis, cafes, pastelarias, restaurantes, stand de carros, papelarias, quiosques,etc Eu penso que por causa dos impostos a economia paralela vai subir ainda mais. Gosto dessa ideia do cliente misterio e acho que era capaz de resultar.
ResponderEliminaresqueceu-se dos feirantes e vendedores ambulantes, das lojas dos chineses e dos paquistaneses,...
EliminarEu agora peço sempre a factura e muitas vezes as pessoas mostram má cara. Mas tou-me marimbando para eles. Deduzir 5% desse IVA no IRS sempre é melhor que nada.
ResponderEliminarsó algumas reflexões da minha parte:
ResponderEliminaros que mais fogem, vivem para «subsistir» assim o que eles ganham, gastam-no e esse dinheiro acaba por ficar na economia portuguesa. estimulando o movimento do dinheiro.
Neste momento, so vejo bem um tal defice feito pelos politicos (huntando as grandes empresas e lobbis) pois é da maneira que serão mais rigorosos nas suas proprios contas e esses é que poderão menos fugir com os seus dinheiros para as off-shores.
penso tambem que pior que a economia paralela, é a má gestão do país decadas a fio, isso sim tinha que acabar. Pena termos batido no fundo para reparar que quém ganha 100 nao pode gastar 170 (o que o estado faz).
Este artigo é muito fraco, artigos em segunda mão já não deduzem nada, e pagar mais nunca resolveu nada, assim como todos querem o mal do próximo para deduzir ninharias, vamos todos ficar cada vez mais encravados, a gorjeta é com ou sem factura?
ResponderEliminarSó demonstra a tua falta de informação sobre assuntos serios que não sejam as novelas.
EliminarDa proxima vez que pensares em sequer comparar Portugal com potros paises, primeiro tenta saber como é o sistema de faturas e economia paralela desses paises, e depois critica.